Tudo acaba. A fama, o dinheiro, amizades,
relacionamentos... E quando você não tem esta convicção, ou quando é muito
apegado a essas coisas, elas vão embora e você sofre mais do que o necessário.
O sofrimento é necessário e faz parte da vida. Mas ele não pode se tornar a sua
vida ou tomar conta dela.
Quantos artistas saíram da mídia e
reaparecem falando mal dos ex colegas ou ex empregadores com ódio e muito
rancor? Quantas pessoas mentiram para ter seus chamados “15 minutos de fama” e
quando foi descoberto ou a fama acabou começaram a se drogar ou se tornaram
deprimidos? Quantas pessoas conhecemos que colocavam seus relacionamentos em
primeiro lugar, que amava o outro mais do que elas mesmas, e quando o fim
chegou se suicidaram ou se fecharam para o mundo?
Osho disse certa volta: “Aceite o
sofrimento e passe por ele. Não fuja. Esta é uma dimensão totalmente diferente
para se trabalhar. O sofrimento existe. Encare-o. Passe por ele. O medo estará
lá, aceite-o. Se você tremer, então trema. Por que criar uma aparência de que
não está tremendo, de que não tem medo? Se você é covarde aceite isso também. Todo
mundo é covarde; As pessoas que você chama de corajosas são corajosas apenas na
fachada. No fundo elas são tão covardes como qualquer um, ou ainda mais, pois
para esconder a covardia criaram uma bravura ao redor de si mesmas, e algumas
vezes agem de tal forma que todos pensam que não são covardes. Essa coragem é
apenas uma tela protetora”.
Você pode lidar com o sofrimento de duas
formas: aceitando-o, sofrendo tudo o que tem que sofrer, tirar uma lição disso
e seguir em frente; ou se agarrar ao sofrimento e deixar que ele se torne você,
se tornando amargo, deprimido, vingativo, triste, fechado para o mundo... Qual
das duas alternativas você prefere? Que pessoa você quer ser: a madura e feliz
ou a imatura, triste e vingativa?
Não transfira a culpa para os outros.
Não diga coisas sobre os outros que não gostaria que dissessem sobre você. Tente
analisar o sofrimento com profundidade, e, com certeza entenderá o "porquê"
de estar passando por isso e o que pode tirar de bom nisso. Se a fama acabou,
analise em que ela estava baseada e se era realmente isso que você queria. Se o
dinheiro acabou, pense bem de como ele veio, como o ganhou, como o gastou. Se
uma amizade acabou, veja em que bases ela estava fundamentada, se era
verdadeira, em que você errou. O mesmo vale para relacionamentos “amorosos”.
Deixe de lado o vício de culpar os
outros. Olhe para dentro e não para fora. Tudo vem de dentro e da forma como
lidamos com o que vem de fora. Melhore, principalmente para si, e,
automaticamente, o mundo a sua volta vai melhorar e mudar também. Como já disse
algumas vezes, a maioria das pessoas não consegue sozinha. Então procure ajuda:
um amigo, livros, terapia, religião, yoga... Não importa a sua escolha. O que
importa é se sentir um ser humano melhor e melhorar o mundo a sua volta.
Para finalizar, mais um trechinho da
fala de Osho: “Não se importe com a sociedade e suas normas, e sua condenação.
Aqui ninguém irá julgá-lo. Não julgue os outros e não se deixe perturbar pelo
julgamento dos outros. Você é único. Você nunca existiu antes e nunca existirá
novamente. Você é belo. Aceite isso. E qualquer coisa que aconteça deixe que
ela aconteça e passe por ela. Breve, o sofrimento será um aprendizado. E então
tornar-se-á criativo. O medo lhe dará destemor. Da raiva surgirá a compaixão. Da
compreensão do ódio, o amor nascerá para você. Mas isso não acontece num
conflito com essas emoções, e sim na experiência feita com uma consciência alerta.
Aceite o que vier, e submeta-se à experiência.”
Desejo, de todo coração, que você se
encontre e junto com seu eu interior descubra a felicidade. Desejo que você
consiga ver o mundo do melhor ângulo possível e que deixe de julgar as pessoas
ou culpa-las por tudo. As pessoas só fazem conosco o que permitimos que faça.
Namastê
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