Pouco tempo
depois da linda festa, ela perdeu completamente o interesse pela diversão. As
baladas se tornaram enfadonhas, os amigos dele (os mesmos que apresentaram os
dois) se tornaram inimigos, pessoas que “querem tirar o foco dele”. A mãe dele também se tornou um problema: as
opiniões, antes válidas e bem vindas, se tornaram chatas e soam como “intromissão
e controle” sobre a vida dos recém casados.
Os cuidados com
o corpo e o cabelo, que antes eram uma prioridade, ficaram para terceiro ou
quarto plano. As camisolas compradas ou presenteadas pelas amigas na despedida
de solteiro estão todas em um pacote guardado em alguma gaveta que ela não sabe
bem qual é.
Ele não insiste
mais para saírem juntos. Também acha as amigas dela chatas e intrometidas. O
estresse do trabalho aumenta na mesma proporção que a sua paciência com as
pequenas coisas em casa diminui. As discussões se tornam cada vez mais
calorosas e a vontade de ficar em casa cada vez menor.
A companhia dos
amigos tem sido excelente refúgio. O telefone tem ficado mais tempo desligado, como
uma “provocação divertida”. Também não gosta mais dos programas em família, mais
especificamente, com a dela. O interesse pela liberdade de solteiro voltou,
assim como o interesse em outras mulheres. No aniversário de dois anos de
relacionamento, o jantar termina com o pedido de divórcio.
De quem foi a culpa?
Apesar da
história acima ser fictícia, foi baseada em centenas de histórias que já ouvi (e
vivi) até hoje. Incluindo os termos e as justificativas. Duas pessoas que se
conhecem e, por gostar da companhia uma da outra, tentam de qualquer maneira,
se encaixar na vida da outra, deixando todo mal entendido para depois, abrindo
mão das coisas que realmente gostam, simulando estarem satisfeitas com
situações desconfortáveis... É possível fazer isso por um tempo. Mas, quando se
vive sob o mesmo teto, 24 horas por dia, 365 dias no ano, isso não é mais
possível.
Um velho ditado
diz o seguinte: “A verdade é como o Sol, pode ficar escondida por um tempo entre
nuvens, mas, no final, sempre aparece”. Note
que não estou dizendo que você é uma pessoa mentirosa. Mas ninguém muda por uma
pessoa que não seja ela mesma. Vou explicar: a única mudança genuína é aquela
que nasce do interior para o exterior.
Por exemplo, se
alguém fala diariamente no seu ouvido que você “deve parar de usar vermelho”,
que “não gosta quando você usa vermelho”, você pode até deixar de usar vermelho
em algumas ocasiões, mas, assim que tiver oportunidade, vai usar vermelho de novo
porque ama a cor e se sente bem com ela.
Mas, mesmo sem ninguém
ter dito nada, se você acorde um dia, se olha no espelho e nota que o vermelho
não te favorece. No dia seguinte, outra peça vermelha e a mesma sensação.
Depois de um tempo, terá exterminado a cor da sua vida, porque o desconforto
com relação à ela partiu de dentro e não de um comentário ou opinião externa.
No começo do
namoro é exatamente assim: o parceiro diz que detesta ciúme e você diz que não
é ciumento. O parceiro diz que gosta de balada, e você diz que ama. O parceiro
diz que não vive sem os jantares e festas semanais em família, e você passa a
ser presença garantida nesses eventos.
Mas, como nada
disso é verdadeiro, como você não fez aquilo com verdade, com sentimento, uma
hora virá a tona e não haverá outra forma de lidar com isso se não falando a
verdade e convivendo com as conseqüências. Não existe isso de: “tal pessoa não era
ciumenta e hoje é”, “ela amava minha família e hoje odeia”, “ele se divertia
com meus amigos e hoje não os tolera”... É um fato.
Qual a solução?
Posso falar do
assunto com propriedade. Se você não está seguro sobre quem é e feliz com as
suas escolhas e com a própria vida, você sempre vai achar que precisa mudar
para agradar o outro e conseguir um relacionamento verdadeiro. Isso serve para
relacionamento amoroso, amizade, emprego etc. O autoconhecimento é a chave para o sucesso em qualquer área da sua
vida!
Se você não
gosta da sua aparência, por exemplo, vai sempre achar que o outro também não
gosta. E, aparentemente para agradá-lo, vai fazer de tudo para parecer mais “bonito”
e se sentir extremamente inseguro quando o outro estiver perto de alguém que tenha
a aparência que se aproxima da que você considera ideal. Daí surge o ciúme, na maioria
das vezes.
Note que está
tudo dentro de você e não tem nada a ver com o outro. Não adianta o seu
parceiro repetir diariamente o quanto te acha inteligente, elegante, bonito,
etc se você realmente não acreditar nisso. Semelhantes se atraem! Pessoas
inseguras atraem pessoas inseguras e constroem relacionamentos ruins, destinados
ao fracasso. Pessoas bem resolvidas (realmente bem resolvidas) atraem pessoas
bem resolvidas e constroem relacionamentos com grandes chances de sucesso.
Isso vale também
para seu trabalho, seu relacionamento com sua família, amigos e tudo mais. Se
você está feliz e sabe o que quer, vai atrair trabalho, condição financeira e relacionamentos
que combinam com o seu estado de espírito e com o que você almeja para o
futuro.
Como investir em você?
Disse em outros
artigos e repito neste: invista sempre em você! Melhore para você e, conseqüentemente,
estará melhorando tudo a sua volta. Terapia, espiritualidade, meditação, Yoga,
dança, viagens... Tudo que te ajudar a descobrir o que realmente gosta, o que
sente, trabalhar o que não foi bem resolvido, é ótimo para o seu crescimento. E
quando você tiver se tornado a pessoa que nasceu pra ser, vai atrair para a sua
vida alguém que esteja nesta mesma vibração, mesma energia, e poderão construir
um relacionamento feliz e saudável.
Aprenda a se
relacionar pelos motivos certos. Entenda que o outro não é responsável por
mudar sua vida e fazê-lo feliz. Somente você pode fazer isso. Quebre o ciclo de
relacionamentos ruins que construiu até hoje e recomece. Você merece muito ser
amado!
Muito obrigada!
Namastê
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