O outro lado da
história dos Bezos
Esta semana, foi
divulgada o acordo de divórcio de Mackenzie Bezos.
Você não sabe
quem é, não é mesmo?
E Jeff Bezos,
você sabe? Tenho certeza que sim!
Ele é hoje o
homem mais rico do mundo. Dono da Amazon.
Após 25 anos de casamento,
o casal resolveu se separar. 25 anos...
E os jornais de
Finanças e fofoca só falaram nisso: O acordo
milionário que tornou Mackenzie Bezos a terceira mulher mais rica do mundo.
As piadas foram
pesadas, vinda de muitos homens, mas também (e lamentavelmente) de inúmeras mulheres:
“Assim é fácil
ficar rica”
“Essa sim é
inteligente”
“Estava com ele
por dinheiro”
E outras
insinuações que prefiro não repetir.
Mas, ninguém leu
sobre ela. Uma mulher inteligentíssima, que esteve ofuscada durante 25 anos.
Reconhece esta história? Já passou por isso? Ser a coadjuvante na vida de outra
pessoa enquanto a sua fica em segundo plano?
Sobre ela
Mackenzie Bezos
é formada pela Universidade de Princeton, uma das mais conceituadas do mundo.
Quando conheceu Bezos, a empresa que o tornou bilionário não existia nem mesmo
no mundo das ideias. E quando surgiu, ela deu nome, foi a primeira contadora da
empresa e permaneceu na retaguarda por 25 anos. Vendo uma empresa inovadora se
tornar a maior do mundo.
Mackenzie Bezos
é escritora e já ganhou um American Book Award (prêmio de literatura
norte-americano). Ela também é uma das maiores filantropas da história, tendo criado,
recentemente, por exemplo, um fundo de US$ 2 bilhões para a construção de
pré-escolas e apoio a pessoas de rua.
Além disso, assinou
o Giving Pledge, documento criado por Warren Buffett e Bill e Melinda Gates, à
partir do qual diversos milionários e bilionários prometem usar mais de metade
de suas riquezas em projetos de filantropia.
A “fortuna” que
ela herdou, após 25 anos de casada, foi o equivalente a apenas 4% da empresa
que ajudou a criar enquanto trabalhava em seus próprios projetos pessoais e
criava 4 filhos. Acha mesmo justo?
Parem de rotular as pessoas!
Acredito na
frase que diz “rótulos são feitos para produtos e não pessoas”. Um professor
meu diz “não julgue ninguém, porque você conhece apenas um recorte da história”.
A ideia é a mesma.
Homens a
julgaram. É revoltante, mas previsível.
Porém, ver mulheres,
esposas, mães, filhas a julgarem é doloroso. Vergonhoso!
Onde está a tal
da sororidade que tanto se fala? E a empatia? Só vale quando é com você?
Pense nisso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário