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sábado, 3 de agosto de 2019

“Rótulos são feitos para produtos e não pessoas”



O outro lado da história dos Bezos


Esta semana, foi divulgada o acordo de divórcio de Mackenzie Bezos.

Você não sabe quem é, não é mesmo?
E Jeff Bezos, você sabe? Tenho certeza que sim!
Ele é hoje o homem mais rico do mundo. Dono da Amazon.
Após 25 anos de casamento, o casal resolveu se separar. 25 anos...

E os jornais de Finanças e fofoca só falaram nisso: O acordo milionário que tornou Mackenzie Bezos a terceira mulher mais rica do mundo.

As piadas foram pesadas, vinda de muitos homens, mas também (e lamentavelmente) de inúmeras mulheres:

“Assim é fácil ficar rica”
“Essa sim é inteligente”
“Estava com ele por dinheiro”
E outras insinuações que prefiro não repetir.

Mas, ninguém leu sobre ela. Uma mulher inteligentíssima, que esteve ofuscada durante 25 anos. Reconhece esta história? Já passou por isso? Ser a coadjuvante na vida de outra pessoa enquanto a sua fica em segundo plano?

Sobre ela
Mackenzie Bezos é formada pela Universidade de Princeton, uma das mais conceituadas do mundo. Quando conheceu Bezos, a empresa que o tornou bilionário não existia nem mesmo no mundo das ideias. E quando surgiu, ela deu nome, foi a primeira contadora da empresa e permaneceu na retaguarda por 25 anos. Vendo uma empresa inovadora se tornar a maior do mundo.

Mackenzie Bezos é escritora e já ganhou um American Book Award (prêmio de literatura norte-americano). Ela também é uma das maiores filantropas da história, tendo criado, recentemente, por exemplo, um fundo de US$ 2 bilhões para a construção de pré-escolas e apoio a pessoas de rua.

Além disso, assinou o Giving Pledge, documento criado por Warren Buffett e Bill e Melinda Gates, à partir do qual diversos milionários e bilionários prometem usar mais de metade de suas riquezas em projetos de filantropia.

A “fortuna” que ela herdou, após 25 anos de casada, foi o equivalente a apenas 4% da empresa que ajudou a criar enquanto trabalhava em seus próprios projetos pessoais e criava 4 filhos. Acha mesmo justo?

Parem de rotular as pessoas!

Acredito na frase que diz “rótulos são feitos para produtos e não pessoas”. Um professor meu diz “não julgue ninguém, porque você conhece apenas um recorte da história”. A ideia é a mesma.

Homens a julgaram. É revoltante, mas previsível.

Porém, ver mulheres, esposas, mães, filhas a julgarem é doloroso. Vergonhoso!

Onde está a tal da sororidade que tanto se fala? E a empatia? Só vale quando é com você?

Pense nisso!

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