Muitas de nós
nasce com um instinto materno, protetor. Queremos fazer com que tudo e todos à
nossa volta se sintam bem, felizes, protegidos, amados. É da natureza de
muitas. Mas, por vezes, deixamos que as pessoas se aproveitem disso. Amigos,
familiares, patrões e, principalmente, parceiros.
Conhecemos alguém,
nos apaixonamos. E quando esta pessoa entende que estamos envolvidas o suficiente,
que somos capazes de fazer todo o possível para vê-la feliz, se aproveita
disso.
Já vi mulheres
tomarem grandes empréstimos para resolver a vida de seus parceiros. Deixar o
trabalho para se dedicar ao negócio deles. Já vi mulheres se envolverem em
situações com ex mulheres ou ex namoradas dos caras para ajudar na solução de
problemas com os filhos deles. Já vi mulheres viverem em função do parceiro na
tentativa de “salvá-los” de vícios. Já vi muitas mulheres servirem de suporte
para que homens se recuperassem de finais de relacionamentos tumultuados e
sofridos com outras pessoas.
Já vi mulheres
mudarem de cidade e abrirem mão de tudo para ajudar o parceiro em uma
oportunidade que ele teve. Já vi mulheres abandonarem grandes carreiras porque
o parceiro se sentia frustrado com o crescimento dela. Já vi mulheres
abandonarem seus sonhos para viver a vida e o sonho do parceiro. Já vi mulheres
permanecerem como amantes de homens que diziam que elas eram o “refúgio” deles.
E o final é
sempre o mesmo: Quando o parceiro passa pela fase difícil, melhora emocional e
financeiramente, quando se fortalece e se sente pronto, simplesmente segue em
frente. E a “parceira”, que se permitiu ser usada como degrau e Centro de
Reabilitação, é deixada para trás. Sim, ela se permitiu, acreditando que
ganharia algo com isso. Na maioria das vezes, acreditou que ganharia o amor da
pessoa.
Entenda, não
estou dizendo que você não deve ajudar o seu parceiro. Relacionamento é
parceria. Um ajuda o outro e os dois crescem, juntos. Mas tem que ser uma via
de mão dupla. Se somente um lado doa, cuida, sede, a balança fica
desequilibrada e a consequência é frustração e sofrimento. E ninguém quer isso,
concorda? A chave de um bom relacionamento é o equilíbrio.
Minha mãe diz
sempre: “o que levanta rabo de calango é areia quente não a gente”. Seu
parceiro tem que se colocar à prova e correr atrás dos próprios sonhos, se
colocar no fogo se quiser crescer e resolver os próprios problemas. Você não é o Centro de Reabilitação do seu
parceiro, não pode e nem deve resolver tudo para ele. Você é o ponto de
apoio, a companheira, a amiga, mas não pode se colocar como alavanca para a
vida do outro. Ninguém pode salvar ninguém. O processo de salvação é
individual.
Não acostume o
outro a te procurar apenas quando precisa de algo que você pode dar. Valorize
quem escolhe estar com você por amor, prazer, alegria, sem segundas intensões. E
não porque espera que você faça algo por ele. Porque uma hora a fonte seca e você
vai desejar mais do que está recebendo. Mas não vai ter...
Namastê
Muito Obrigada!
Kássia Luana
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